Estudantes criam startups de mobilidade e segurança no trânsito
Estudantes criam startups de mobilidade e segurança no trânsito
Em busca de conhecimento para desenvolver novos negócios, universitários de vários estados que desenvolvem startups inovadoras em diversas áreas estiveram reunidos no Startup Summit realizado em Florianópolis, nos últimos dias 12 e 13 de julho. Os jovens que tiveram suas ideias de soluções inovadoras na área de mobilidade sustentável e segurança no trânsito selecionados pelo projeto Renault Experience aproveitaram o evento para divulgar seus produtos, fazer contatos com potenciais investidores e promover intercâmbio com outras empresas.
“Ampliamos a visão de onde está inserido realmente. O evento trouxe ao mesmo tempo muito informação, conhecimento e esses contatos, que foi surpresa para gente. Então, foi genial”, comemora Carlos Cunha, de 27 anos, integrante de uma das equipes do projeto Renault Experience, que funciona como um modelador de novos negócios e acelerador de startups idealizadas por estudantes.
As três equipes selecionadas pelo projeto da montadora passam uma semana de imersão em Curitiba, recebendo monitoria especializada e ferramentas para deslanchar os empreendimentos nascentes no mercado. Além do conhecimento, os grupos saem do projeto com aporte inicial de R$ 30 mil para desenvolver a empresa. Em cinco edições, o Startup Summit já alcançou 83 universidades em 14 estados brasileiros, com 35 mil estudantes participantes.
Sensor motorista alcoolizado
Entre as propostas selecionadas este ano pela Renault Experience, está a Senscar, a startup desenvolveu, em Curitiba, um sensor consegue detectar em qualquer veículo se o motorista está alcoolizado. A ideia de criar um sensor para veículos surgiu durante a apresentação na universidade do projeto da Renault, que desafiou os alunos a encontrar um problema e sua solução.
O projeto já está sendo testado por uma empresa de transporte que leva turistas, principalmente crianças, para atrações do Paraná, mas os meninos já vislumbram o mercado nacional que tem mais de 11 milhões de veículos só para transporte de passageiros.
Redução de mortes
Também pensando na segurança do trânsito, Gustavo de Lima Lourenço e Silva, 20 anos, estudante de engenharia civil da Universidade de São Paulo (USP), em São Carlos, desenvolveu junto com quatro amigos, um aplicativo que pode reduzir acidentes. Chamado Arquimedes, o projeto pensado pelos jovens é baseado na gamificação, um método novo no mercado que usa dinâmica de jogos para promover interação e busca de soluções para um problema, no caso, incentivar boas condutas no trânsito.
“A gente sentou e pensou como é o trânsito hoje. A gente começou a destrinchar e descobriu que 90% dos acidentes que acontecem, desde colisões rotineiras até acidentes fatais, são causados por distração. E um terço das distrações são causadas pelo uso do celular”, explicou Gustavo.
O grupo, então, desenvolveu uma ferramenta que bloqueia notificações que podem distrair os motoristas. O aplicativo colhe informações sobre o condutor que poderão ser utilizadas por seguradoras para conceder descontos para bons motoristas, por exemplo.
Visão de negócio
Miguel Macedo de Carvalho Filho, estudante da engenharia civil da Universidade Federal do Espírito Santo, integra outra equipe selecionada pelo projeto Renault Experience. A ideia do grupo é desenvolver um sistema unificado de delivery para que atenda todos os estabelecimentos da cidade. A partir da plataforma chamada “Ideliver”, os comerciantes não precisariam contratar entregadores, bastando apenas acionar o sistema conforme a demanda.
Miguel disse que a ideia surgiu ao perceber que, em sua cidade, os entregadores ficavam muito tempo parado na porta das lojas, com prejuízos para cada um deles. “A gente pensou, por que esses comerciantes não se juntam para fazer uma rede de entrega compartilhada?”. A partir daí, o grupo passou a desenvolver um aplicativo que acabasse com essa ociosidade. “A ideia é fortalecer principalmente os pequenos e médios comerciantes pra que eles possam expandir os negócios sem esse risco logístico”, explicou Miguel.
As informações são da Agência Brasil
Fonte: Portal do Trânsito
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